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Aras garante que não vai arquivar denúncias contra Bolsonaro em relatório da CPI

Jair Bolsonaro e Augusto Aras
Jair Bolsonaro e Augusto Aras.
Foto: Isac Nóbrega/PR

O procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestou sobre o adiamento da leitura do relatório final da CPI da Covid.

A leitura estava marcada para a próxima terça-feira (19). Segundo o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão, a nova data ainda não foi definida.

Em entrevista ao Canal Livre, da Band, Aras garantiu que não vai se omitir caso o relatório incrimine o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

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Segundo apuração do Globo, os filhos de Bolsonaro são os pivôs do adiamento.

“Serão tomadas todas as providências”, disse Augusto Aras sobre o relatório.

Perguntado se vai engavetar alguma denúncia contra Bolsonaro, o PGR afirmou:

“O problema é saber se estaremos omissos. Quem me conhece pode dizer que posso pecar por ação, não por omissão.”

Filhos de Bolsonaro são pivô de adiamento de leitura do relatório da CPI

Segundo apuração feita pelo GLOBO, entre as principais divergências, estão a inclusão do crime de genocídio nas sugestões de indiciamento de Jair Bolsonaro, pela política em relação à população indígena, e o pedido para indiciar os filhos do presidente, Carlos, Eduardo e Flávio Bolsonaro.

Renan Calheiros gostaria de indiciar Carlos e Eduardo por incitação ao crime pela participação na produção de “fake news” durante a pandemia. Já o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) seria acusado de advocacia administrativa por levar o presidente da Precisa Medicamentos para um encontro no BNDES.

Não há consenso entre os senadores do G7 sobre a melhor forma de enquadrar as acusações contra os filhos do presidente.